EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2011
RELATÓRIOS
Data: 30/04/2011
Participantes:
Dilmara Furlan de Faria
Maria Izabel Vieira Branco
Vandira Loiola Nogueira
Sonia Batista Rodrigues
Vilma de Souza
Damázio Ferreira Bonfim
Cirlene Aparecida Mizael Camargo
Maria Aparecida Vieira Branco Sanches
Simone Cristina Vieira Pagnan
Rosangela Dascheve dos Santos
Luiz Fernando Bernardino
Ercy P. M. Merlim
Regina Sescato
Santina Helena Cardin
Maria Aparecida da Silva
Lucimara Silvério
Márcia Helena Vieira
Cilso Marcolino
Célio leite
Maria Eunice Venâncio Reghin
Maria Irene Pereira Abe
Convidadas:
Sueli Fernandes Costelini
Mara Lúcia Januário
Maria Estela Espadini da Silva
O presente relatório é uma síntese das ações da Equipe Multidisciplinar no dia 30 de abril de 2011.
Período matutino:
Eu, como coordenadora, expliquei aos participantes qual a função e a finalidade da Equipe Multidisciplinar dentro da escola. Depois li alguns dos documentos que foram enviados pelo NRE por e-mail para que todos tomassem ciência do que eu já havia recebido até aquele momento. Li, também a Instrução nº 010/2010 – SUED/SEED sobre o que compete à equipe dentro da escola. Na sequência, dividi a Carta Negra de 22/12/2010 do VII Encontro de educadoras e educadores negras e negros do Paraná e o Manifesto contra o racismo intelectual e midiático brasileiro entre os presentes para que fossem lidos em voz alta. Esses documentos causaram bastante discussão em alguns pontos conforme iam sendo lidos, mas serviu para demonstrar como o papel da equipe é sério e que esse tema já se encontra em um nível bem avançado de discussão. Essas leituras serviram também para mostrar aos presentes que tudo isso é embasado em leis e, portanto, estão acima de opiniões pessoais e individuais.
Como a maioria dos participantes não são de origem afro-descendentes e não vivenciaram essas situações de discriminações, fica difícil de identificar, pois as mesmas acontecem de forma sutil e velada. A questão da religião causou polêmica pois a prática da oração cristã é comum dentro das escolas no início da aula. Alguns defendem que o “Pai-Nosso” é uma oração “universal” e que quem não quiser rezar que fique em silêncio, outros afirmam que a oração acalma os alunos e, outros nem sequer quiseram discutir sobre as religiões africanas, vistas como negativas, e pediram que esse assunto fosse deixado para outro dia. Por aí já vimos que o trabalho não será fácil, mas é justamente o desconhecimento que causa medo e desconforto. Foi sugerido, então, que se trouxesse palestrantes para falar sobre alguns desses temas aos professores, então pensamos em entrar em contato com a UEL para saber se alguém poderia vir à nossa escola com esse propósito.
Período vespertino:
Lemos algumas partes do documento do MEC transformado em livro “Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais ” que tem sugestões ótimas para cada nível de escolaridade. Como temos professoras convidadas da Rede Municipal lemos a parte que se refere à Educação Infantil e depois ao Ensino Fundamental. O livro ensina como abordar a temática e tratar pedagogicamente a questão racial no cotidiano escolar e no final , ainda traz sugestões de atividades.
Também vimos como fazer um Plano de Ação lendo a apostila enviada pelo NRE no ano passado: “Pensando um plano pedagógico de ação – 3ª parte”. Cansados de tanta leitura o dia todo resolvemos passar para a parte prática e nos prepararmos para o Dia Treze de Maio. Ficou como sugestão apresentações de danças afro, passar o filme: “Vista minha pele” para os professores trabalharem com os alunos e leitura do livro “Menina bonita do laço de fita”, confecção de máscaras, cartazes, murais, pesquisas e leituras de lendas africanas, apresentação de figuras ilustres e personalidades negras que se destacaram não só por suas habilidades físicas, mas por sua inteligência e bravura ou por lutar em favor do povo negro, apresentação da história dos negros não a partir da escravidão, mas por sua contribuição para a humanidade. Constatamos também que a nossa biblioteca precisa urgentemente ser atualizada e revisada, mas ainda não resolvemos como vamos fazer isso.
Com isso encerramos o dia de trabalho com o compromisso de assentar as ideias e colocá-las no papel para implantação na escola o mais rápido possível.
Data: 07/05/2011
Nos reunimos no Colégio Estadual Prof.ª Adélia Antunes Lopes para estruturar as ações e atividades relativas à Semana da Libertação dos Escravos com término no dia 13 de maio (sexta-feira). Iniciamos com uma reflexão que ficará colada na parede da Sala dos Professores, na Secretaria e na cozinha para que não nos esqueçamos do nosso propósito e compromisso com este curso e possamos chamar a atenção dos demais professores e funcionários.
Reflexão:
*Sou preconceituoso?
*Já vivi situações de discriminação ou preconceito?
*O que sei sobre o continente africano?
*O que sei sobre as condições dos africanos escravizados no Brasil?
*O que sei sobre suas lutas de resistência, seus heróis, suas histórias?
*Conheço a história de Zumbi e outros negros que se destacaram por sua luta/ inteligência ou talento?
*Conheço a influência que os africanos escravizados tiveram na formação da identidade brasileira, nas religiões, festas, cantigas, danças, culinária e, principalmente, histórias que contribuam para ampliar o repertório e povoar o imaginário das crianças com representações positivas do negro?
Em seguida fomos para o Laboratório de Informática onde pesquisamos e selecionamos algumas atividades como sugestão para os professores.
Durante toda a semana os alunos declamarão poemas antes do início das aulas e na sexta-feira um grupo de alunas apresentarão uma dança com a música “Waka-waka“ (This time for Africa) da Shakira.
As séries iniciais trabalharão com o livro “Menina bonita do laço de fita” enfatizando características pessoais, padrões de beleza e destacando a importância de sermos diferentes. Como tarefa adicional, pedir para os alunos pesquisarem em revistas vários tipos humanos e fazer um painel de fotos, pesquisar também a vida de negros brasileiros ligados à luta/ resistência intelectual tais como Abdias do Nascimento, André Rebouças, Luiza Mahin, Lélia Gonzales, Luiz Gama e João Cândido. Preparamos também um texto sobre Luiz Gama, João Cândido e Castro Alves.
Mostrar imagens de pessoas de várias etnias/raças com diferentes credos e crenças e apontar os desafios da sociedade brasileira para se conviver com as diferenças.
Fazer leitura e interpretação do texto “Quando o racismo era lei” que fala sobre o Apartheid na África do Sul, leitura e reflexão do texto/história de vida “Ser negro é maravilhoso” onde a autora Esmeralda Ortiz conta as emoções e injustiças que sofreu em relação à sua cor quando era criança, leitura de texto sobre o Continente Africano.
Em Artes, uma professora fará um painel com fotos tiradas pelos próprios alunos mostrando o sincretismo cultural no cotidiano escolar e em nossa comunidade. Também mostrará obras de Cândido Portinari que retratam o dia a dia do negro para fazer releituras dos quadros posteriormente.
Com as séries mais avançadas analisar o poema “Vozes d'África” de Castro Alves e apresentar o vídeo do Youtube com imagens do filme Amistad e leitura do poema por Paulo Autran. Passar o curta-metragem “Vista minha pele” que mostra uma menina branca passando por tudo o que passa uma menina negra, tentando vencer o preconceito, queixando-se e argumentando com o público sobre suas dúvidas e medos. Maria é uma menina loira de olhos azuis que sonha em ser a rainha da Festa Junina, que estuda, tem sua família, que vive para encontrar o seu futuro em uma sociedade racista, preconceituosa e hipócrita. O professor enquanto mediador poderá contribuir para que os alunos desconstruam estereótipos de inferioridade étnico-racial, valorizando a diversidade existente em nossa sociedade e principalmente no cotidiano escolar.
Essas são algumas sugestões, apenas. O professor deve assumir uma postura de combate a todas as formas de discriminação e preconceito, valorizando as diferentes etnias que constituem o Brasil e que, de certa forma, estão representadas nas crianças que compõem uma sala de aula na Escola.
Data: 28/05/2011
Fizemos a reunião do dia 28 de maio no Laboratório de Informática da escola pois os textos previamente selecionados foram disponibilizados no Compartilhamento Público dos computadores para que todos tivessem acesso e não fosse preciso imprimi-los.
Iniciamos com a leitura do texto “Compartilhando minhas crenças sobre igualdade” do livro Aprendendo valores étnicos na escola de Rosa Vani Pereira. A autora nos convida a aprender a respeitar as diferenças e nos coloca como tarefa “construir uma sociedade na qual a condição racial, étnica, religiosa, de gênero, de orientação sexual, de cor ou quaisquer outros marcadores superficiais das diferenças humanas não sejam critério para o acesso a direitos nem justificativa para a exclusão social”. Na escola a diversidade está em toda parte e os professores não ensinam apenas através de palavras e de livros mas também através dos olhares, das imagens no material didático e do silêncio dos professores e, as vezes o não dito, não explícito, é pior do que as palavras. Implantar projetos na escola é fundamental mas é a prática de desconstrução dos conceitos e promoção do respeito e valorização das diferenças no cotidiano da escola que vai fazer a diferença.
Após a leitura desse texto passamos à discussão entre os presentes, Infelizmente fomos levados a acreditar em uma ideologia racista europeia em que pessoas que têm modos diferentes de ver a vida, de lidar com o corpo e acreditar em deuses diferentes precisam ser “civilizados”, catequizados, subjugados em suas mentes e suas almas. Alguns professores têm mais facilidade em compreender essa realidade mas outros ainda aceitam o “diferente” mas com a condição de que ele faça o máximo possível para se comportar da maneira que se espera dele, quer dizer, que se comporte da maneira “correta”. Quando se acha que a cultura do branco é superior à do negro, se considera a raça negra inferior à dos brancos. A polêmica maior gira sempre em torno da religião porque a maioria de nossas escolas quando forma a fila para a entrada dos alunos na sala de aula ainda reza “O Pai-Nosso” justificando que essa oração é universal, alguns professores inclusive rezam novamente dentro da sala de aula alegando que isso acalma os alunos. Acredita se acredita que a religião cristã é universal e não se abre espaço para manifestações de outras religiões dentro da escola cai-se novamente no preconceito de superioridade dos “brancos”. Muitos professores têm medo das religiões africanas, veem-na como uma coisa do mal e não percebem que essa crença nos foi passada justamente pelos colonizadores europeus. Ainda há muita resistência por parte de alguns membros do grupo em se abrir para o novo. Se entre o grupo isso já está acontecendo será ainda mais difícil quando tivermos que estender esses assuntos para os outros professore da escola.
Para que eles percebessem como o conceito de supremacia europeia está tão enraizado em nós, perguntei se eles pudessem escolher entre viajar para a Europa ou para a África, qual continente eles escolheriam? Se ganhassem uma Bolsa de Estudos, onde prefeririam estudar? As respostas são tão óbvias que assustam, e, apesar de tudo, ainda negamos nosso racismo.
No final do texto a autora nos coloca três perguntas: O que você aprendeu sobre os negros quando era estudante? O que você aprendeu sobre os indígenas? De que heróis negros você se lembra? Por quê? E eu acrescentei uma quarta? De quais heroínas ou mulheres famosas você se lembra de ter estudado? Quais as mulheres importantes na história da civilização? Por que elas foram invisibilizadas na história?
Essa leitura levantou muitos questionamentos mas nos alertou para repensarmos sobre certas atitudes que tomamos, justificando que é para o bem da maioria, quando a nossa preocupação, agora, deve ser justamente com a minoria, com os diferentes, com os excluídos, que por não se sentirem como parte da escola, não se sentirem acolhidos pelos professores, acabam desistindo de estudar.
Depois do intervalo lemos o ensaio Ensino de História e Diversidade Cultural: desafios e possibilidades de José Ricardo Oriá Fernandes. Ele coloca que a escola brasileira ainda não aprendeu a trabalhar com os alunos mais pobres, na grande maioria, negros e mestiços. A prova disso estaria nos currículos, livros didáticos, que apresentam a cultura europeia como superior e civilizada. Os livros ainda apresentam “os heróis nacionais”, geralmente brancos e, os índios e negros quando aparecem é de forma estereotipada, pejorativa e preconceituosa. Apresentam o colonizador português como desbravador e ocultam o genocídio e o etnocídio praticados contra os índios que já viviam aqui muito antes da chegada dos portugueses. Ao africano é negada sua participação na construção da história desse país. Quando a cultura dessas minorias é abordada nos livros é sempre de maneira folclorizada e pitoresca.
Essa omissão dos negros como sujeitos históricos tem contribuído para a evasão e repetência por não se identificarem com uma escola moldada nos padrões eurocêntricos, conforme pesquisas realizadas pela Fundação Carlos Chagas. Somente uma escola que valoriza a pluralidade cultural pode resgatar a autoestima de milhares de crianças e jovens que se veem marginalizados por um sistema de ensino que nega sua importância. Não basta introduzir o assunto na escola mas também na formação dos profissionais que vão trabalhar com o tema, capacitações, concursos e premiações para elaboração do material didático que contemple a riqueza da pluralidade étnico-racial de nosso país.
Após o almoço fomos para uma sala com TV Pendrive e assistimos o filme “Amistad”, que causou muito desconforto e chocou os que não o conheciam pela crueza com que os fatos são apresentados. Em seguida foram mostrados alguns slides com fotos de trabalhos já feitos por outras escolas como e inspiração para pensarmos no nosso Plano de Ação. Foram colocadas muitas sugestões como confecção de máscaras, bijuterias e pinturas de quadros com imagens que retratem a beleza da arte africana, danças africanas com roupas típicas, leitura e exploração das lendas, pesquisas sobre os orixás e a religião africana. Também ficou decidido que, em vez da oração do Pai-Nosso todos os dias, os alunos e professores seriam incentivados a trazerem outras leituras ou mensagens de reflexão, e na segunda-feira os alunos foram avisados que poderiam escolher uma leitura da religião que eles quisessem. Isso foi um grande passo mas sabemos que os alunos de religiões africanas não se manifestarão com facilidade e nem sabemos qual será a reação dos outros alunos, da comunidade e, até dos outros professores.
No final a colocação de Moacir Gadotti foi escolhida para ficar no editor para reflexão de todo o Corpo Docente durante a semana.
“ … a diversidade cultural é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos alunos que existem outras culturas além da sua. Por isso, a escola tem que ser local, como ponto de partida, mas tem que ser internacional e intercultural, como ponto de chegada. (...) Escola autônoma significa escola curiosa, ousada, buscando dialogar com todas as culturas e concepções de mundo. Pluralismo não significa ecletismo, um conjunto amorfo de retalhos culturais. Significa sobretudo diálogo com todas as culturas, a partir de uma cultura que se abre às demais.”
DIA 04/06/2011
Na reunião do dia 04/06/2011 começamos a montar nosso Plano de Ação, que iremos apresentar aos professores e funcionários que não estão participando da equipe, na reunião pedagógica do 2º semestre.
Com a intenção de repensar e ressignificar as práticas educativas referente à questão racial e indígena, e após amplo debate sobre as leituras realizadas, a equipe pensou em propôr atividades que mostrem que as diferenças devem ser respeitadas e valorizadas e estereótipos de inferioridade sejam desconstruídos. Também ficou decidido que as leituras e ações sobre diversidade sexual seriam introduzidas a partir da próxima reunião.
O marco de finalização das atividade será com uma exposição no Dia da Consciência Negra.
ARTES
estudo dos grandes compositores negros no Brasil
estudo dos grandes compositores negros no Brasil
culinária
estudo da arte de origem indígena, africana e afro descendente.
estudo e confecção de máscaras pontuando sua importância na cultura africana.
levantamento e análise de obras de artistas negros.
confecção de estamparia em tecido ou papel usando moldes vazados.
construção de maquetes, desenhos, montagem de murais, álbum de fotos com anotações.
fazer exposição de instrumentos musicais africanos e indígenas com a explicação e história de cada um.
LÍNGUA PORTUGUESA
poetas africanos
provérbios africanos
poetas e escritores negros no Brasil
influências africanas no vocabulário brasileiro.
produção de resgate da história dos negros pioneiros do nosso município.
letras de músicas que abordem a trajetória do negro no Brasil, que homenageiem grandes personalidades negras, que falem sobre a discriminação racial, que citem a importância da diversidade cultural no nosso País
comparação de obras de escritores negros brasileiros de acordo com a posição que os personagens negros são apresentados em suas obras.
estudo de palavras africanas e indígenas comuns em nosso idioma, confeccionado um dicionário com esses termos.
uso de charges para analisar criticamente fatos de discriminação e racismo
fazer levantamento, ouvir, interpretar e debater acerca de músicas que tratem de maneira positiva o negro e o índio
organização de um acervo na biblioteca da escola sobre a questão racial, incluindo temas positivos e personagens negros como protagonistas.
HISTÓRIA
África pré-colonial, seus reis e rainhas formação da população brasileira.
estudo dos grandes reinos africanos pré-coloniais.
grandes líderes políticos negros no Brasil e no Mundo.
a contribuição de pessoas influentes sobre a luta do negro no Brasil, desde o Brasil Colônia até os dias de hoje, como políticos, poetas, escritores, artistas.
Recontação de mitos africanos e indígenas dando outra visão à criação do mundo, o que é essencial para o aluno valorizar a opinião do outro.
GEOGRAFIA
as riquezas naturais da África, origem da raça humana, formação da população no Brasil.
estudos dos países pertencentes ao Continente Africano de onde partiram os negros escravizados no Brasil.
estados brasileiros onde a presença do negro foi primordial para a formação cultural do local.
MATEMÁTICA
estudo de tabelas, percentuais, dados estatísticos (IBGE).
estudar e reproduzir os símbolos da arte Yorubá e da cultura Adinkra e usar conceitos como medidas e geometria.
reprodução dos desenhos usando escala.
CIÊNCIAS
estudo da formação genética do povo brasileiro
composição nutricional da culinária africana
estudo sobre epidemias/qualidade de vida na África
EDUCAÇÃO FÍSICA
estudo da capoeira, ritmos.
trabalho de pesquisa sobre festas e danças ligadas à cultura negra e indígena
paralelo entre a capoeira e o movimento de resistência do povo negro.
Pesquisa e apresentação de danças, ritmos e coreografias típicas.
DATA 02/07/2011
No período da manhã fizemos uma ampla discussão e realizamos uma autoavaliação do que já está sendo feito por cada professor ou em cada escola. Alguns professores apresentaram os materiais trabalhados e fizeram sugestões do que poderia ser desenvolvido até a próxima reunião.
A professora da Escola Municipal Dom Pedro relatou que os alunos estão praticando Capoeira e danças representando a história dos negros, Também fizeram algumas atividades sobre os índios, tais como Carta Enigmática e apresentações. Na Escola Municipal Princesa Isabel (EJA) a professora trabalhou a conscientização sobre os diversos temas através de textos e outras atividades.
Em nosso colégio os temas Colonização e Etnias já foram introduzidos pelos professores de História. Em Educação Física os professores já estão ensaiando algumas danças com os alunos e a professora de Artes já confeccionou diversos materiais com suas turmas.
No período vespertino analisamos livros e a Internet em busca de atividades. A professora de Educação Física selecionou as músicas “Morena de Angola” e “ Canto das três raças” para preparar uma coreografia com seus alunos. A professora de Português irá confeccionar um painel com diversas lendas africanas e uma será adaptada para ser apresentada com Teatro de Fantoches e fará interpretação das letras das músicas que a professora de Educação Física irá apresentar.
Na perspectiva da desconstrução de estereótipos de inferioridade étnico-racial o grupo participante propôs as seguintes atividades como meta para este ano a organização de um acervo na biblioteca da escola sobre a questão racial incluindo temas e personagens negros positivos e como protagonistas, contemplando alunos e professores. Esse material coletado será usado como estímulo para leitura por meio da proposta “A hora da leitura“ quando toda a comunidade escolar será motivada a parar por um tempo definido e se dedicar a leitura do material sugerido (caixa de leitura).
Outra atividade será a produção de um livro de memórias resgatando a história dos negros pioneiros do nosso município. Essa atividade será realizada em parceria com a disciplina de Arte. O marco de finalização do livro será no Dia da Consciência Negra.
Também foram propostos trabalhos com provérbios africanos para gerar uma aproximação maior da cultura afro. O resultado será exposto no ambiente escola, no Blog da escola e no Jornal Adélia.
Data: 06/08/11
No encontro do dia 06 de agosto nos reunimos novamente no colégio com o objetivo de aprofundar nossos conhecimentos e reiterar nosso compromisso com a causa do negro. Escolhemos assistir a alguns filmes para maior envolvimento dos membros da equipe para depois então, partimos pra a reflexão e debate sobre as questões levantadas. O primeiro foi “Quando o crioulo dança“, Um filme de Dilma Lóes lançado em 1988 por ocasião dos protestos contra os 100 anos de farsa da Abolição da Escravidão no Brasil, e que em 2008, 120 anos depois da libertação do cativeiro, sem a devida indenização aos sobreviventes deste holocausto que durou 388 anos no Brasil, os negros e negras brasileiras ainda não atingiram a igualdade na nação que construíram com seu sangue e sua alma.
Em seguida nos separamos em 3 grupos para responder as seguintes questões: Que razões históricas e sociais podem explicar o fato dos brasileiros, em maior ou menor grau, apresentarem atitudes racistas? Qual é a relação entre discriminação racial e as más condições de vida de grande parte da população negra no Brasil? Como explicar, de acordo com o filme e as leituras realizadas, que 55% dos negros que ingressam na universidade? Em Jataizinho, em quais situações na vida cotidiana é possível verificar a discriminação e o preconceito racial? Depois abrimos o debate para que todos pudessem colocar suas posições e reflexões.
O próximo filme “Rompendo o Silêncio” retrata os horrores do Holocausto da Segunda Grande Guerra relatado por quem os vivenciou de perto e sobreviveu para alertar o mundo. São cinco documentários de média-metragem sobre o Holocausto. Cada documentário tem mais ou menos 1 hora. Então assistimos dois de manhã e deixamos três para o período da tarde. As sinopses seguintes foram retiradas do site Folha Online.
Algunos Que Vivieron
O argentino Luis Puenzo, diretor de "A História Oficial", realizou "Algunos que Vivieron" a partir de depoimentos de sobreviventes que se instalaram na Argentina e de imagens de arquivo. Puenzo explora ainda as conexões existentes entre alguns momentos negros da história da Argentina com o genocídio, como as afinidades do presidente Juan Perón com o regime nazista, já que ele foi responsável pela entrada no país de muitos criminosos de guerra. "Optei por priorizar os depoimentos de uma dezena de sobreviventes. Não filmei nada. Cada sobrevivente conta a sua própria história e, juntas, elas se tornam um coro. Temos que estar conscientes que o Holocausto pode acontecer novamente em qualquer lugar", disse o diretor. O documentário contou com a assessoria do historiador Haim Avni.
Crianças do Abismo (Deti Iz Bezdny)
A missão do diretor russo Pavel Tchoukhrai com "Children from the Abyss" é revelar a história das crianças e adolescentes que sobreviveram ao Holocausto nos antigos territórios da União Soviética. O filme narra as terríveis experiências de crianças que viram suas famílias serem dizimadas e sobreviverem sozinhas em territórios ocupados por nazistas. "O nível de informação sobre o Holocausto em meu país é muito baixo e a intolerância é muito alta. Eu acredito que este filme é o meio mais forte para comunicar e ensinar as novas gerações. "Crianças do Abismo" é o mais significante e importante trabalho de toda a minha vida", disse o diretor. O historiador Ilia Altman deu assessoria ao projeto.
Eu Me Lembro (Pamietan)
Andrzej Wajda baseou-se nos depoimentos de quatro sobreviventes poloneses do Holocausto e em imagens do filme "March of the Living" para criar o seu episódio da série "Broken Silence". "I Remember" foi todo realizado em preto-e-branco e sem qualquer narração além dos depoimentos. "O filme foca as dramáticas relações entre poloneses e judeus durante a ocupação da Polônia pela Alemanha", diz o diretor, cujo primeiro longa-metragem, "Pokolenie", também tratava da ocupação da Polônia pelos alemães. Para acentuar essas relações, Wajda incluiu ainda imagens do Papa João Paulo 2o rezando diante do Muro das Lamentações, em Jerusalém. O filme contou com a assessoria do historiador Anthony Plonsky. A produção-executiva foi de Lew Rywin, que já trabalhou com Wajda em "Pan Tadeusz" e com Spielberg em "A Lista de Schindler".
Inferno Na Terra (Peklo Na Zemi)
O envolvimento do diretor tcheco Vojtech Jasny com o Holocausto vai muito além da direção de "Hell on Earth". Depois que seu pai foi deportado e assassinado em Auschwitz, Jasny tornou-se um membro ativo da resistência tcheca e atuou ainda como espião dos aliados durante a Segunda Guerra. Tal envolvimento levou-o também a enfocar a vida e a morte em Theresienstadt, o campo de concentração "modelo" na Tchecoslováquia, onde os nazistas levavam os diplomatas para mostrar como os judeus estavam sendo "bem tratados". "Escolhi esse título pois ele é o que mais se aproxima daquilo que aconteceu. Foi um período em que os demônios da mente humana escureceram o mundo. O filme não é apenas um documentário, ele é um filme de horror", conta o diretor. O professor Yehuda Bauer é o historiador que assessorou a realização do documentário.
Olhos do Holocausto (A Holocaust Szemei)
"Olhos do Holocausto" foi realizado a partir da edição de depoimentos de sobreviventes húngaros do Holocausto, imagens de arquivo e cenas originais, filmadas pelo diretor János Szász. O filme é dividido em segmentos apresentados por uma garota que lê em uma enciclopédia o significado de termos como "anti-semitismo", "gueto", "deportação" e "crematório". "O filme enfoca as experiências dos sobreviventes que eram crianças durante o Holocausto. Dedico o filme ao 1,5 milhão de crianças que pereceram e àquelas que sobreviveram e, por sua vez, vieram a ter filhos", disse o diretor, que é filho de dois sobreviventes do grande genocídio da Segunda Guerra. A produção contou com a assessoria do historiador Randolph L. Braham, também ele um sobrevivente.
Como já estava tarde os membros da equipe levaram as perguntas sobre o filme para casa para refletirem sobre elas e discutirmos em outro momento. Como a escola pode contribuir na superação do racismo e do preconceito mascarado no Brasil? O problema do racismo é um assunto para o governo, a escola ou a sociedade? Por quê? Qual deve ser a atitude dos profissionais de educação no combate à discriminação e o preconceito racial? Quais elementos sociais e históricos explicam a rejeição de grande parte da sociedade para a adoção das cotas raciais nas universidades, uma vez que aceita como justo outras formas de cotas (ex. vagas para deficientes em concursos públicos)?
Data: 03/09/2011
Neste encontro nos programamos para estudar e discutir a questão do índio no Brasil. Como introdução foi apresentado um documentário realizado em uma tribo indígena brasileira que mostra os costumes da tribo e sua rotina diária. O vídeo está no Youtube com o nome “Índios Kuikuro preservam tradições com o uso da tecnologia“. A intenção era discutir sobre a importância da cultura indígena no Brasil e sua importância na formação do povo brasileiro.
Para complementar as discussões e nos dar embasamento teórico, nos separamos em grupos para a leitura de alguns capítulos do livro chamado “A temática indígena na escola “ e posterior apresentação para os colegas.
Um grupo leu “A CONTRIBUIÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS À CULTURA BRASILEIRA” de Berta G. Ribeiro. Ela fala sobre o conhecimento do índio sobre seu meio ambiente e a forma como o manejam e dominam. E diz que a dívida que a humanidade contraiu com o saber etnobotânico do primitivo habitante das Américas está longe de ser resgatada. As principais plantas com que a humanidade se alimenta, ou que utiliza industrialmente, foram descobertas e domesticadas pelos ameríndios. A capacidade curativa de plantas medicinais indígenas está na base de grande parte dos remédios produzidos pelos laboratórios e vendidos em farmácias, mas sua origem indígena é quase ignorada pela cultura ocidental. Os povos indígenas não receberam nem o reconhecimento nem o respeito por sua contribuição à saúde e o bem estar da população mundial.
Outro grupo leu a parte IV do livro que apresenta “RECURSOS DIDÁTICOS PARA OS PROFESSORES”. No capítulo “O etnocentrismo e o preconceito“ o autor Omar Ribeiro Thomaz nos dá uma compreensão clara da palavra etnocentrismo e de que todas as sociedades humanas reagem com estranhamento diante do contato com uma cultura diferente da sua, pois as avalia a partir da sua própria cultura. O etnocentrismo consiste em julgar como "certo" ou "errado", "feio" ou "bonito", "normal" ou "anormal" os comportamentos e as formas de ver o mundo dos outros povos a partir dos próprios padrões culturais. Além dos índios ele trata também dos papéis tradicionalmente atribuídos à mulher, dos avanços dos homossexuais e do preconceito com relação às danças e religiões afro-brasileiras
Um terceiro grupo leu “LIVROS DIDÁTICOS E FONTES DE INFORMAÇÕES SOBRE AS SOCIEDADES INDÍGENAS NO BRASIL” de Luís Donisete Benzi Grupioni. O capítulo é muito interessante e questiona que papel desempenham os meios de comunicação na produção de informações sobre a questão indígena atual, como esse índio é veiculado pela imprensa nacional, que tipo de conhecimento a escola transmite sobre aqueles que são diferentes de nós e em que consiste esta diferença, quais as imagens construídas pela literatura, pela música, pela poesia e pela historiografia do índio brasileiro, qual a visão dos dirigentes políticos face aos "problemas" dos indígenas. Ele nos convida a refletir sobre a forma pela qual os livros didáticos usados na escola ajudam a formar uma visão equivocada e distorcida sobre os grupos indígenas brasileiros.
O quarto grupo leu “ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS: A TEMÁTICA INDÍGENA E O TRABALHO EM SALA DE AULA” de Ana Vera Lopes da Silva Macedo. Ela sugere algumas estratégias que têm, como objetivo principal, encaminhar o aluno para a descoberta e a reflexão através de sua capacidade de pensar. Que ele explore suas experiências, seus conhecimentos, os conceitos e preconceitos que ele traz consigo. Ao ser levado a expor suas ideias, ele as organizará e expressará o que tem absorvido através de filmes, fotos, conversas, leituras, etc. Muitas vezes, ele não tem clareza dos porquês de seus próprios pontos de vista porque não se debruçou sobre determinado assunto, não refletiu sobre ele ainda.
Após a apresentação dos textos lidos para os outros grupos chegamos à conclusão que os professores são mal informados sobre a questão indígena e os livros didáticos, com poucas exceções, são deficientes no tratamento da diversidade étnica e cultural existente no Brasil. Os índios continuam sendo pouco conhecidos e muito estereotipados. A imagem veiculada dele é de um índio genérico, como se todas as tribos fossem uma só, que vive nu na mata, mora em ocas e tabas, cultua Tupã e Jaci e que fala tupi-guarani. Sabemos da importância da escola no processo de formação das crianças e dos jovens, pois é na infância e na adolescência, portanto durante o período em que frequentam a escola, que eles recebem uma série de informações sobre outras culturas e sobre outros povos. Após essa fase, poucos terão oportunidade de aprofundar e de enriquecer seus conhecimentos sobre esse assunto. Neste contexto, a escola é uma fonte importantíssima, pois é nela que eles formarão a imagem que têm do Outro.
Nos últimos anos a sociedade tem se mostrado mais sensível à problemática indígena e isso possibilita iniciar um processo de diálogo intercultural mais efetivo. A escola, hoje, tem o compromisso de fazer o resgate do respeito, da valorização da cultura indígena e levar os alunos a superarem velhos preconceitos como os de que os índios são irresponsáveis, incapazes e preguiçosos.
No Brasil nos deparamos com uma riqueza cultural extraordinária: 200 povos indígenas falando mais de 180 línguas diferentes. Cada nação possui a sua maneira particular de ver o mundo, de organizar o espaço, de construir a sua casa e marcar os momentos significativos de suas vidas. Embora tenham características que os aproximem, longe de serem um todo homogêneo, os povos indígenas são marcados pelas particularidades culturais de cada grupo.
Dia: 01/10/2011
Neste encontro procuramos aprofundar nossos conhecimentos sobre a temática do negro com a leitura de mais alguns capítulos do livro “Aprendendo valores étnicos na escola” de Rosa Vani Pereira. Cada professor lia um pouco para que não ficasse muito cansativo. Rosa Vani estimula os leitores a praticarem a cidadania e a respeitarem o próximo em busca de um mundo mais justo onde as diferenças não sejam vistas como deficiência. Ela motiva, principalmente os professores, a se comprometerem com a educação das crianças e dos jovens em todas as etapas escolares e a combater o preconceito, o racismo e a discriminação que existe dentro do ambiente escolar.
O grupo refletiu sobre a maneira como esse processo de discriminação e desvalorização de alguns alunos ocorre em nosso cotidiano escolar e se comprometeu a contribuir para o conhecimento e a discussão da história do povo negro e a lutar contra o preconceito e a desigualdade que segrega e marginaliza a população negra.
Na parte da tarde procuramos fazer algumas atividades mais dinâmicas porque no período vespertino a produção cai um pouco. Fizemos a leitura do artigo “Eu tenho medo: Intolerância religiosa, aos moldes do apregoado durante a Idade Média” de Alexandre de Oliveira Fernandes e Ricardo Oliveira de Freitas que começa falando sobre um discurso no Youtube proferido pelo Senhor Afonso Henrique Alves Lobato que demoniza as religiões afro-brasileiras, instiga ao conflito, defende o proselitismo e o exclusivismo da salvação para o seu grupo religioso.
O vídeo circula amplamente em um espaço púbico, disseminando ódio e fundamentalismo. Os autores se mostram preocupados, pois há algum tempo pressentem uma atmosfera taciturna de Idade Média e crescimento da perseguição, fundamentalismo e intolerância de alguns grupos religiosos contra outras religiões. A prática de desqualificação de outras religiões, que se constitui parte de um esquema amplo de luta pelos fiéis, encontra seu foco de agressão, sobretudo, contra as religiões de matriz africana.
Conforme os autores do artigo “esta intolerância tem feito diversas vítimas: o Centro Espírita Irmãos Frei da Luz, no Rio de Janeiro, teve parte de seus adeptos agredidos com pedradas; uma igreja evangélica, em Irajá (RJ), manteve em cárcere uma adepta da Tenda Espírita Antônio de Angola. Objetivo: renunciar à crença nos espíritos e a conversão ao evangelismo; em Salvador, 30 adeptos da Igreja da Graça de Deus jogaram sal grosso e enxofre na direção de pessoas reunidas para uma cerimônia de Candomblé; em São Luís do Maranhão, fiéis da Assembleia de Deus acionaram a polícia sob a hipótese de que os chefes do Terreiro do Justino, uma casa com 104 anos de existência, localizada à Vila Embratel, tinham sequestrado uma criança. O terreiro foi revirado de cima a baixo (mesmo sem ordem judicial). Nada foi encontrado. O drama só terminou porque os reais sequestradores foram detidos (SILVA, 2007). “
Continuando com as leituras visitamos o site: Ilê Axé Oxumaré e vimos algumas reportagens que corroboram esse pensamento: em uma cidade alunos e professores foram perseguidos pelo diretor e outros membros da escola e, inclusive, pelo Prefeito do Município, por promoverem, na disciplina de Ensino Religioso, o diálogo inter-religioso, o respeito e a tolerância entre as diferentes maneiras de conceber o Sagrado. Os professores foram exonerados depois do desfile de Sete de Setembro.
Para o desfile foi criada uma personagem chamada Sagrado como que expressão da compreensão do Transcendente em todos os segmentos religiosos. Ela foi representada por um aluno negro para quebrar o estereótipo. Ele foi trajado com uma túnica simples e séria, para transmitir fé, força e segurança, valores comuns a todas as tradições religiosas, porém de várias cores, homenageando as diversas religiões, conforme a reportagem.
Os alunos representaram o catolicismo, o protestantismo, o pentecostalismo, a umbanda, o candomblé e a pajelança cabocla. Foram, inclusive, acompanhados de algumas lideranças como o pastor da Igreja Adventista, a líder da Fé Baha’í, pais-de-santo e uma mãe-de-santo com vários seguidores, muito bem caracterizados. Integrou-se depois um grupo da Igreja Adventista, Os Desbravadores, acompanhados do pastor e também crianças pertencentes à Igreja do Cordeiro, todas caracterizadas.
“Chegamos a ser acusados pela prefeitura de ‘ensinar macumba’ em sala de aula, coisa que nunca ocorreu”, diz Rodrigo Santos.
“Infelizmente, mesmo publicando um trabalho de referência nacional hoje nós estamos desempregados por cumprir as leis da educação num território negro que possui 15 comunidades quilombolas reconhecidas, mas nem sequer têm o direito ao respeito e ao conhecimento da sua própria história e cultura”, diz o professor. (Diário do Pará)
O prefeito de Salvaterra, que é membro da igreja Assembleia de Deus, impediu o lançamento, na Escola Oscarina Santos, da última edição da revista Diálogo de Educação Religiosa, uma publicação nacional, que traz nas páginas centrais uma matéria jornalística completa sobre o trabalho desenvolvido em Salvaterra pelos professores e alunos, fazendo referência para o Brasil dos resultados alcançados no município com os alunos do Ensino Fundamental.
Este fato que, infelizmente, não é isolado (há muitos outros na Internet, é só procurar) nos preocupou muito. Nos sentimos inseguras(os) em apresentar as religiões de matriz africana na escola, pois se até alguns professores ainda têm uma visão depreciativa sobre esse assunto imagine, então, os pais dos alunos. Reconhecemos que temos um trabalho árduo e desafiador pela frente, mas isso só reafirma a importância do nosso papel, como professores e educadores, de transformar essa realidade e fazer a diferença..
Links com textos, livros, imagens, artigos, etc.
DIVERSIDADE
DIVERSIDADE
http://www.4shared.com/account/dir/ND30FN43/_online.html?&rnd=54#dir=50304628
CULTURA AFRO E INDÍGENA
http://www.4shared.com/account/dir/ND30FN43/_online.html?&rnd=54#dir=93213348
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